O termo coworking é comumente utilizado para denominar os espaços de trabalho colaborativos. No entanto, o coworking vai muito além de um espaço diferenciado, fala muito sobre novos modelos para a estrutura das relações no mundo do trabalho.
A ideia de ambiente de trabalho colaborativo nasceu nos Estados Unidos, em 1999, por autoria do designer Brian DeKoven. O grande objetivo da ideia de DeKoven consistiu em proporcionar um espaço colaborativo onde empresários pudessem trocar experiências sobre os mais diversos ramos de negócios.
No entanto, os espaços colaborativos como conhecemos hoje só foram consolidados em 2005, quando DeKoven nomeou a sua grande ideia como Coworking. A partir desse movimento, bem como de seu devido registro, a ideia foi sendo multiplicada e muitos espaços semelhantes surgiram desde então.
No Brasil, as curvas de crescimento desses espaços compartilhados têm crescido ano a ano, desde a abertura desse nicho empreendedor. Segundo o Censo Coworking Brasil, de 2017 a 2018, houve um crescimento de 48% no ramo.
Os espaços colaborativos vêm tomando conta do mercado, objetivo de inovar através de trocas de experiência tem sido uma ótima alternativa para muitos empreendedores. Só no estado de São Paulo, são aproximadamente 465 estabelecimentos registrados.
Já pensou em quantas trocas interessantes já aconteceram nesses locais?
A explosão do “pensar fora da caixa” foi tão disseminada por diversas metodologias e áreas do conhecimento, que serviu como grande aliada para o crescimento dos coworkings. Espaços colaborativos pressupõem produtividade e pensamento inventivo e, além disso, possuem uma estrutura física inovadora, voltada para brainstormings e demais movimentos voltados à ideação.
O estilo coworking, em seu início, buscava proporcionar aos colaboradores uma estrutura física ampla, com opções para a criação de ideias e o pensar livre. Diferentemente de espaços formais de trabalho, a grande aposta foi seguir as tendências do pensamento inventivo: muitos espaços livres para criar, desde paredes de quadro negro à uma grande diversidade de materiais de escritório.
Mas, como tudo que acompanha as grandes tendências se transforma, não seria diferente com os espaços de trabalho colaborativos. Atualmente, existem inúmeros espaços criados dentro de outros ambientes, funcionando de forma concomitante.
Trabalhar em uma cafeteria, com um espaço privativo ou em grupo, está se tornando cada vez mais acessível. Os ambientes podem ser os mais variados, a ideia é proporcionar um espaço convidativo para que a esfera colaborativa possa ser acentuada.
Já o perfil do público pode variar de acordo com a estrutura dos espaços, bem como a de oferta de instrumentos disponíveis para uso. Alguns empreendedores que estão iniciando os seus negócios optam em estabelecer seu local de trabalho em coworkings.
De acordo com o site Coworking Brasil, 27% dos coworkers permanecem até 12 meses em espaços de compartilhamento. No caso de empresas de pequeno porte, apostar em estar inserida em um espaço colaborativo pode implicar em um ótimo investimento, principalmente para a economia de recursos como materiais de escritório, eletricidade e etc.
Nem só de pequenas empresas e empreendedores individuais se faz um coworking. O espaço é perfeito para trabalhos individuais, para grupos pequenos e até mesmo para reuniões onde os empreendedores buscam um ambiente confortável e inspirador.
Além do que já pautamos até aqui, os espaços compartilhados também podem pressupor sustentabilidade. A principal característica desse modelo de negócio abre espaço para refletirmos sobre as nossas práticas cotidianas.
E porquê?
O compartilhamento de espaços comuns contribui para a economia dos mais diversos recursos.
Imagine se cada empreendedor, tendo ou não uma equipe pequena de trabalho, abrisse um espaço para sediar o seu negócio. Apenas nesse movimento são gastos inúmeros recursos, tais como eletricidade, água, entre outros materiais retirados do meio ambiente.
Pensar cada vez mais em ocupar os espaços compartilhados tem conquistado muito espaço entre empreendedores inclinados à sustentabilidade e economia de recursos. Essa característica faz com que os coworkings se tornem ainda mais atrativos para esse nicho de empreendedores que estão entrando com tudo no mercado.
Uma das grandes sacadas do modelo coworking é que possibilita aos usuários uma grande oportunidade de contatos e compartilhamento de experiências. Em pequenas conversas, talvez naqueles comentários descontraídos, podem abrir as mais diversas oportunidades.
Quem sabe um novo cliente ou parceiro de negócios?
As possibilidades são as mais diversas. O importante é apostar em boas relações, o que a esfera friendly dos coworkings facilita muito a ideia de disponibilidade entre os colaboradores. Seja na hora de ir à cozinha buscar o velho e bom café, ou naquela ajuda inesperada do colaborador ao lado, a ideia é sempre compartilhar.
O modelo de compartilhamento proposto pelo coworking inicia uma jornada interessante no modelo de empreendedorismo. Muito da forma como os negócios são estruturados reflete no local onde a empresa funciona.
E mesmo sendo um espaço de compartilhamento, o coworking vem ressignificando os modelos de trabalho em alguns nichos de empreendedores. É uma ótima oportunidade para negócios pequenos para a abrir espaço à expansão, ideação e inovação.
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